O perfil da pessoa física que está na bolsa é, de forma geral, mais jovem e que se preocupa em diversificar seus investimentos.
Em julho de 2019, a Bolsa de Valores Brasileira (B3) alcançou o seu primeiro milhão
de investidores. Pouco mais de um ano depois, o número praticamente triplicou:
agora são quase três milhões de pessoas físicas e jurídicas cadastradas. Para ser
mais exato, os dados do mês de agosto mostram que são 2.989.189 de
investidores, sendo 2.958.442 CPFs e 30.747 CNPJs.
De acordo com a B3, durante a pandemia esse número ganhou ainda mais força.
Apenas de março a julho deste ano, em cinco meses, 900 mil pessoas começaram
a investir no mercado de ações brasileiro. Em março, no início da pandemia, dos
223 mil investidores que entraram na renda variável, 30% fez o primeiro
investimento com menos de R$500.
Mas quem são esses investidores? Segundo um estudo da própria B3, o perfil da
pessoa física que está na bolsa é, de forma geral, mais jovem e que se preocupa
em diversificar seus investimentos, começando a montar sua carteira com valores
baixos. Além disso, tem demonstrado uma visão de longo prazo ao manter suas
posições mesmo no auge da volatilidade dos mercados.
A Região Sudeste concentra 61,31% dos investidores do país. São Paulo lidera o
ranking com 1.143.283 CPFs, o que representa 38,64%. Logo em seguida estão o
Rio de Janeiro com 318.804 (10,77%) e Minas Gerais com 290.323 (9,81%). Esses
três estados somam 283,2 bilhões de recursos acumulados.
Na comparação por gênero, o masculino representa a maioria. São 2.215.723
(74,12%) homens investindo na bolsa brasileira. Já as mulheres estão cada vez
mais buscando seu espaço no mercado de investimentos. Elas somam 742.719
(24,85%) na bolsa.
Em termos de faixa etária, 13,20% dos investidores têm menos de 25 anos. Os
jovens com idade entre 26 a 35 anos são o maior número, o equivalente a 33,73%.
Subsequente, os mais maduros com 36 a 45 anos formam 26,36%. Os com mais de
46 anos correspondem a 26,68%.
Conforme a Bolsa de Valores, esse crescimento representa uma mudança estrutural
no mercado de capitais brasileiro. A partir de 2019, por exemplo, o valor médio
investido pelas pessoas físicas diminuiu. A evolução do comportamento do
investidor ao longo do tempo mostra que houve uma democratização.
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