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Quanto custa uma assessoria de investimentos “gratuita”?


Para a maioria das pessoas, tomar decisões sobre os seus investimentos é um grande desafio. Com a recente explosão de produtos de investimentos e plataformas de negociação disponíveis, esse problema se tornou ainda maior.


Diante da complexidade e da quantidade de produtos ofertados, profissionais que atuam na linha de frente de bancos e corretoras de valores têm oferecido o serviço de aconselhamento sobre decisões de investimentos, que frequentemente são anunciados em campanhas publicitárias de alto impacto na forma de assessoria de investimentos “gratuita”.


Sem desvalorizar os profissionais de investimentos comprometidos com os interesses do cliente e considerando que cada investidor tem suas próprias metas e objetivos financeiros e que, para atingi-los, precisará tomar as melhores decisões de investimento, para começar, a primeira decisão que todo investidor deve tomar é ficar atento com esse tipo de serviço.


Um relatório publicado em 2015 pelo CEA - Council of Economic Advisers - (Conselho de Consultores Econômicos), uma agência do Gabinete Executivo do Presidente dos Estados Unidos da América encarregada de fornecer aconselhamento econômico objetivo para a formulação da política econômica nacional e internacional americana, examina perdas causadas pelas recomendações inadequadas feitas por assessores de investimento que recebem comissões para direcionar os poupadores para os produtos ou estratégias de investimento que podem não ser necessariamente as melhores escolhas para o investidor.


Segundo o estudo, a perda estimada para o poupador que direcionou seus investimentos para profissionais que recebem comissões sobre os produtos oferecidos aos clientes é de 1% ao ano.


Se aplicarmos o mesmo percentual (1%) sobre o volume investido por pessoas físicas no segmento de varejo brasileiro, segundo dados da ANBIMA referentes a dez/2020, estimado em R$ 1,16 trilhão, o custo estimado para o poupador brasileiro seria em torno de R$ 11,6 bilhões por ano, isso sem considerar os dados dos segmentos de alta renda e private.

Entretanto, uma vez que o conflito de interesses pode claramente acarretar uma despesa extra para o poupador, a discussão que merece ser levada adiante neste momento não é a exatidão do custo embutido e sim como resolver esse problema.


A solução encontrada pelo mercado que está sendo amplamente utilizada nos EUA e que vem crescendo muito no Brasil pode se resumir em uma única palavra: transparência.


A transparência nesse caso se refere à clareza quanto à remuneração do profissional ou empresa que presta o serviço de assessoria de investimentos.


No Brasil, a grande maioria das corretoras se baseiam no tradicional modelo de remuneração conhecido como commission-based, ou seja, o assessor receberá uma comissão pela comercialização do produto de investimento, sem que o investidor tenha conhecimento do valor ou percentual aplicado sobre o montante investido.


Seria como um médico que tem sua remuneração vinculada apenas à comercialização dos medicamentos por ele prescritos, o que é proibido pelo Código de Ética Médica brasileiro.


Alternativamente a esse modelo de negócio fortemente inclinado ao conflito de interesses, vem crescendo no Brasil um modelo que já é muito utilizado nos EUA. São as gestoras independentes, que possuem uma estrutura de remuneração muito mais transparente conhecida como fee-based.


Sem vínculo contratual com instituições financeiras e sem receber qualquer comissão por distribuição de produtos de investimento, as gestoras independentes são remuneradas com base no patrimônio investido pelo cliente, em uma relação contratual muito mais transparente e alinhada.


Investir por uma gestora de investimentos é bem simples, o investidor abre uma conta em uma corretora de valores e assina um contrato com a gestora, assim a empresa tem acesso à conta do cliente na corretora e implementa as estratégias seguindo uma Política de Investimentos previamente definida com base no perfil e objetivos do investidor, tudo com total transparência e comodidade para o cliente, que ainda conta com acompanhamento constante, envio de relatórios e reuniões de reporte.


Para dar segurança jurídica aos investidores, as gestoras independentes precisam ser autorizadas a funcionar pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM e devem cumprir rigorosas obrigações legais como o monitoramento, a mensuração e o ajuste constante dos riscos. Além disso, para exercício da atividade de gestão, seus profissionais precisam possuir certificação específica, emitida por instituição autorizada.


Não há dúvida que esse é o modelo de investimentos que pode gerar mais resultado para o investidor, evitando o conflito de interesses e profissionalizando o processo de tomada de decisões de investimento.


Para saber mais sobre como fugir do conflito de interesses de bancos e corretoras e profissionalizar seus investimentos, fale com um dos nossos especialistas.



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